Hoje
Nesse mundo as pessoas andam fantasiadas: umas de ricos, outras de pobres. Outros são deslocadas. Este é o meu caso. Não me encaixo em nenhum grupo, sou desforme…
Nesta cidade encontrei a mais perfeita imagem do caos. Barulho demais, carro demais, sujeira demais, gente demais. Gente com pressa, gente que não tem tempo de pensar em ser gentil. “O tempo é curto demais para se perder com bobagens desse tipo” – imagino que pensam assim as pessoas enquanto andam pelas ruas. O melhor mesmo é seguir adiante sem olhar para os lados, mesmo porque um minuto de bobeira significa risco de ser roubado, ferido, morto!
De fato, o trabalho é tanto que não há espaço para se pensar em mais nada, a não ser que seja em trabalho porque afinal qualquer idéia que surgir no momento mais inesperado pode ser a chave para um destaque na empresa, uma promoção. Só assim as pessoas adquirem mais responsabilidades, mais trabalho, mais compromissos e se derem sorte, mais uns trocados no bolso. Trocados mesmo, daqueles que não fazem tanto diferença pois não haverá tempo para desfrutá-los de maneira adequada.
Mas isso não acontece com todo mundo não. Claro que não! Há alguns que são diferenciados. Profissionais destacados, muito bem formados, que não só trabalham muito, mas ganham muito também. Eles representam uma fração bem pequena, mas estão lá, de verdade.
E assim, uma vez dentro desse jogo, o mais difícil não é sair, é encontrar o equilíbrio.
Nesse “mundo”… as pessoas perderam sua essência. Andam robotizadas e fazem coisas automaticamente. Há os que juram que não. Este não é o meu caso. Sou meio disso e meio daquilo… estou sem parâmetro do ideal. Mas tenho consciência que assim não me satisfaço.
Eu quero mais, mas quero outra coisa. Quero algo mais humano, mais sensato, mais vivo…